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aníbal m. machado


Conhecido, hoje, sobretudo pela obra de ficção ( o romance João Ternura e obras-primas do conto como “A morte da porta-estandarte”, “O iniciado do vento” e “Tati, a garota”, todas adaptadas para o cinema), mas excepcionalmente importante também na contribuição crítica e nos apontamentos existenciais, reunidos por esta editora no livro A Arte de Viver e Outras Artes, de 1994,o legado intelectual de Aníbal M. Machado (1894/1964), mineiro de Sabará, só se completa na face biográfica – no não escrito e apenas vivido, ou antes, convivido - conforme recordam gerações sucessivas de artistas e intelectuais brasileiros que frequentaram a sua casa, na rua Visconde de Pirajá, 487, no bairro de Ipanema, no Rio, entre as décadas de 1930 e 1960, em encontros dominicais que se tornram célebres na vida carioca. Rigoroso com a própria obra, apenas na faixa dos 50 anos, em 1944, com Vila Feliz, divulga em livro a primeira coletânea de contos, reaproveitada, depois, em Histórias Reunidas (Rio de Janeiro, José Olympio, 1959). E João Ternura, romance em que trabalhava desde os anos 20, só aparece postumamente, em 1965.


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